Intestino saudável
A saúde intestinal é o fator mais determinante para a manutenção da saúde e desempenho dos animais e, inclusive, para a rentabilidade das operações. As bactérias nocivas, como a E. coli patogênica, podem colonizar o trato gastrointestinal, resultando em doenças clínicas e subclínicas. Os animais acometidos por infecções bacterianas apresentam redução do consumo alimentar e do ganho de peso diário, inatividade e pouca interação. Em um momento de crescente volatilidade de preços e disponibilidade de matérias-primas, garantir o suprimento de ingredientes em quantidades adequadas e com alta qualidade tem se tornado um dos principais desafios para a indústria de produção animal. A fim de reduzir os custos de alimentação e obter quantidades suficientes de matérias-primas, os produtores de animais são frequentemente forçados a utilizar fontes não convencionais de proteínas e carboidratos, ou suplementos de qualidade inferior. Isso significa que os animais estão sendo constantemente afetados pela mudança na composição e na qualidade da dieta, o que aumenta os fatores de risco relacionados à saúde. Além disso, o estresse também dificulta a homeostase intestinal, muitas vezes levando a problemas de saúde e distúrbios intestinais. Em suínos, por exemplo, o tamanho médio da leitegada aumentou significativamente, resultando em um maior número de leitões de baixo peso e vulneráveis ao desmame. A regulamentação do setor, os programas de segurança alimentar, a demanda dos consumidores e as campanhas de bem-estar animal também estão estabelecendo novas tendências quanto à limitação do uso de antibióticos para o tratamento de doenças, alimentos medicamentosos, óxido de zinco, etc.
Muitos fatores de estresse impactam negativamente na qualidade das junções de oclusão, o que leva à ocorrência da síndrome do intestino permeável. Esta síndrome permite que moléculas grandes como toxinas e microrganismos se desloquem do intestino para a corrente sanguínea, o que resulta na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e na ativação do sistema imunológico, este último diretamente associado à produção de citocinas inflamatórias. A neutralização desses componentes inflamatórios envolve uma demanda significativa de energia, ou seja, de nutrientes, o que leva à redução do crescimento e a uma maior taxa de conversão alimentar. A inflamação subclínica pode consumir até 30% das necessidades de energia do animal e, embora o modo de ação dos antibióticos promotores de crescimento (APC) ainda não esteja totalmente esclarecido, existem evidências de que, além da regulação da microflora, os APC também desempenhem um papel importante na redução de citocinas inflamatórias. Isso resulta em uma economia substancial de energia e melhor desempenho aprimorado.
O efeito sinérgico do Lumance
É essencial desenvolver estratégias alternativas aos antibióticos que também tenham boa relação custo-benefício para garantir a sustentabilidade da produção animal a longo prazo. Dr. Alireza Khadem avaliou a atividade anti-inflamatória sinérgica de ácidos graxos, óleos essenciais e extratos de plantas em uma mistura bem proporcionada.